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O NOSSO LEMA É!!!!

RECONSTRUÇÃO NACIONAL: DESAFIOS E PERPECTIVAS

 

RECONSTRUIR NÃO É “VOLTAR NO ANTIGAMENTE (PASSADO)"

 

A reconstrução não é , no caso deste país saído de uma sucessão de guerras, voltar a pôr as coisas “como estavam antes”. O facto de ser necessário e urgente refazer e pôr a funcionar infra-estruturas, serviços etc., não significa que a reconstrução deva ter modelo o passado.

Duas razãoes principais o justificam e impedem tal retorno. A primeira, porque nunca se volta atrás na história das sociedades, pois jamais se repetem toda as condições do passado. A segunda e igualmente decisiva, é porque nunca tivemos um “um bom país” antes... Não me lembro, no nosso tempo de vida, nem no conhecimento do nosso passado histórico, de uma época tão boa para todos que a ela valesse a pena voltar... Mesmo que possamos evocar tempos onde se podia comer melhor, onde se podia viajar mais à vontade, ou obter coisas hoje mais difíceis de conseguir, não houve nenhuma época de felicidade geral e bem-estar para a maioria dos angolanos.

Os indicadores económicos mais impressionantes (os famosos “de 1973”), não falam das contradições em que assentavam os resultados económicos, das distorções regionais e sociais, dos bloqueios ao crescimento económico (já nessa altura denunciados), da exploração brutal da mão-de-obra nas culturas de maior rendimento, da debilidade do mercado interno devido à pobreza da maioria da população etc, etc. Muitos menos creio quem alguém possa evocar um período da nossa história que distinguisse por uma grande preocupação dos governantes com o bem-estar dos governados...

Portanto, reconstruir não pode nem deve ser visto como “voltar ao que estava”, mas sobretudo pensar o que fazer daqui para frente, como erguer um país que certamente desejamos bem distinto de todos esses passados que nos marcaram, de cuja herança não nos podemos alhear, mas que não somos obrigados a imitar. A reconstrução nacional será refazer algumas coisas mas sobretudo fazer novo e diferente, para evitar novos colapsos, novas crises, novas guerras.

Reconstruir será, sobretudo, recompor capacidades e autoconfiança, dinâmicas que tinham perdidos sejam necessárias. E porque passámos não por uma, mas por sucessivas guerras, com o seu cortejo de violência e sofrimento desmedidos, constantes ou repetidos, provavelmente terão de ser pensadas e concretizadas acções várias, a nível material e a nível psicológico, a nível da interacção social, das actividades colectivas, que nos permitam recuperar muito dessa autoconfiança e auto-estima que alimenta positivamente a história social de qualquer grupo e de qualquer povo.

A recontrução nacional passará também pela redução das distâncias entre nós angolanos. Pensemos nas distâncias geograficas, que a rede de transporte deverá com urgência ajudar a superar, mas pensemos também nas distâncias sociais, mais difíceis de ultrapassar, sem as quais não se pode falar de reconstrução realmente “nacional”. Porque se pensamos “nacional” temos de pensar numa sociedade que apesar de diversa, múltipla, com diferentes grupos e diferentes interesses, não revele fracturas e abismos sociais de tal ordem que dificilmente as pessoas se reconheçam como pertencendo à mesma sociedade.

   

 Razão pela qual, o Centro de formação Profissional de Construção Civil e Indústria de Materiais de Construção em Benguela, está virado para a reconstrução nacional, preorizando assim  a formação técnica  e profissional do homem, principalmente na  área de  construção e manutenção , Topografia, desenho de construção civil,  gestão e execução de obras, etc.

    

 

Continuarei na próxima edição...........

 

Por Manuel Moutinho

(Técnico Médio de Informática)